O presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou nesta terça-feira (30/05) que, embora a privatização da empresa não seja de interesse do governo, esta pode ser uma alternativa caso os esforços em curso para a reestabilização da estatal não sejam bem sucedidos. A declaração foi feita durante uma comissão geral no plenário da Câmara dos Deputados.

A seu ver, as possibilidades de recuperação da empresa diminuirão se as medidas em vigor não gerarem os resultados esperados. “(…) os Correios podem ser um departamento dentro dos Ministérios das Comunicações; podem entrar novamente numa pauta de privatização”, disse Campos.

Por outro lado, trabalhadores e deputados defenderam a disponibilização de um aporte governamental para que a empresa continue a ser pública e empregos sejam mantidos.

Crise financeira 

O presidente pontuou que, na tentativa de superar a crise financeira enfrentada pela estatal, houve a sua inserção nos serviços de logística e encomendas do comércio eletrônico. Contudo, segundo ele, várias empresas competem com os Correios nestas áreas. Ele ressaltou que, ainda que seja uma empresa pública, a estatal deve ser autossuficiente.

A crise, segundo o presidente dos Correios, foi gerada pelas mudanças tecnológicas, que resultaram na diminuição do envio de cartas. Ele pontuou que, assim como outros países, o Brasil deveria ter se preparado para esta mudança anos atrás. Campos defendeu também o fim do monopólio postal dos Correios, que acredita ser um ônus para a empresa.

Com informações da Agência Câmara