Todos nós já percebemos hoje que as relações de compra/venda evoluíram muito nos últimos anos. No Brasil o mercado digital (e-commerce) é uma realidade totalmente consolidada. Hoje os lojistas podem facilmente criar uma loja virtual e disponibilizar seus produtos na Internet. Mas toda essa facilidade, essa revolução tecnológica, traz consigo alguns problemas. Um deles é o tão temido “chargeback“. Mas você sabe mesmo como ele funciona ou o que significa?
Chargeback, na prática, é a contestação de uma compra, feita pelo portador (titular do cartão de crédito) junto ao emissor do cartão. O que isso significa? Significa que um problema aconteceu no meio do caminho e o comprador pediu ao banco o seu dinheiro de volta. Ok, mas quais seriam os motivos pelos quais o comprador solicitaria seu dinheiro de volta?
Desacordo Comercial
Geralmente este tipo de Chargeback está relacionado com algum problema ou imprevisto com a mercadoria que foi comprada na loja virtual. Por exemplo, a loja virtual não possui uma política de trocas em seu site e o comprador pode ter comprado um tênis número 43 e receber um 40. Neste caso uma insegurança do comprador pode gerar um Chargeback.
Fraude
Neste caso, o “fraudador” se utiliza de dados de uma pessoa idônea para realizar um pedido “falso” com dados de cartão que podem ser roubados ou falsos. O fraudador pode ter conseguido o número do cartão, não somente por meios digitais (e-commerces), mas também por máquinas físicas clonadas.
Fraude conhecida como “amigável”
Este caso é mais raro, mas também acontece. Geralmente ocorre quando o dono (titular) do cartão não reconhece uma compra legítima. Mas como o dono do cartão não reconheceu a compra? Existem vários motivos, mas os mais comuns são o nome da loja que aparece na fatura (se for um nome diferente do seu e-commerce) e o comprador pode não se lembrar ou quando empresta o cartão para um parente e também se esquece.
Erro de processamento do adquirente
Esse caso está basicamente restrito a problemas de cobrança em duplicidade.
Também é importante ressaltar que para que o comprador solicite um chargeback ele precisa ter um direito legítimo, ou ele pode ser acusado de abuso de direito caso seja identificada alguma irregularidade na solicitação do mesmo.
Ok, mas então, como faço para me proteger??
Sabemos que, infelizmente, não existe nenhuma solução mágica de “risco zero”. Mas existem algumas maneiras de tentar minimizar ou “cercar” estes problemas.
Disponibilize também a opção de pagamento por boleto bancário!
Sim, o bom e velho boleto bancário pode ser um grande aliado neste momento. Existem emissores de boletos no mercado com taxas muito interessantes, assim como sistemas dos próprios bancos.
Tenha uma política de entregas e trocas bastante clara
Se a sua política de entregas (entende-se por prazo de entrega) não possui dados realistas, isso pode fazer com que o seu comprador se sinta desconfortável no caso de um atraso muito prolongado na entrega. Este é um caso que pode acabar se tornando um chargeback.
Contrate um serviço de análise de riscos
Hoje no mercado existem empresas especializadas na realização de uma análise de risco baseada nos dados do comprador e do pedido realizado. Com enormes bases de dados e tecnologia de ponta para realizar as análises estas empresas ajudam, e muito, na prevenção de chargebacks.
Utilize intermediadores de pagamento
A utilização de intermediadores de pagamento (como por exemplo o PagSeguro, Moip, Mercado Pago) possuem políticas de análise de risco já incluídas em suas taxas. Neste modelo o lojista tem mais opções para tentar contornar um eventual problema de solicitação de chargeback, como por exemplo no PagSeguro, a abertura de uma disputa pelo pagamento.
Conclusão
O mudo digital mudou completamente nossa maneira de utilizar as opções de varejo, mas isso não significa que estamos livres de problemas, alguns até tradicionais do varejo comum, como o chargeback. Felizmente também podemos contar com a tecnologia para nos auxiliar na prevenção deste tipo de problema. Portanto, se você deseja entrar para o mundo do e-commerce não precisa ficar preocupado! Você pode contar com uma gama de serviços que podem te auxiliar nesta prevenção.
Christian Emil Hoh é Head de tecnologia e desenvolvimento da plataforma eCShop. Atuando no mercado de comércio eletrônico desde 1999 é responsável pela plataforma e infraestrutura que hoje permite que nossos clientes possam transacionar milhões de reais sem nenhuma preocupação.